A Kawasaki como de costume dar mais um passo a frente das suas concorrentes efectuando na sua actualizada Ninja, modificações que tornará o que já era bom em simplesmente magnifico. Aumentou a sua cilindrada para 1441cc em consequência da ampliação de 4mm do curso do pistão, oferecendo a capacidade desse motor com câmara de combustão a suportar uma violenta taxa de compressão de 12.3:1. Acompanhando essa tecnologia, novas válvulas com pozinhos mágicos para suportar temperaturas altas e debitar nada mais nada menos que 200cv as 10.000 rpm, mais atenção, essa cavalagem é sem o auxilio do sistema Ram-air que ao receber o vento derivado da velocidade aumenta a mistura ar/combustível levando essa besta a debitar sem problemas os seus 210cv.
Para os amantes das Kawasakis que é o meu caso, e conhecendo bem o comportamento das mesmas já que possuo uma Kawasaki ZX12R sem as modificações que passado um ano do lançamento a CEE obrigou a Kawasaki a faze-las com o objectivo de domestica-la, sinto um friozinho no estômago em imaginar essa ZZR 1400 com toda essa potencia nas minhas mãos. Ok, vamos voltar ao que interessa!
O aumento extraordinário do binário de 9,5 kgf-m já as 2000 rpm, com a modificação do escalamento mais curto da transmissão com cremalheira 41T que abraça uma corrente 530 de links e pinos com espessura ”única”, transforma essa maquina na mais rápida do mundo no que consiste a motos de serie.
Mais não é só de potência que a Kawasaki nos brinda, nesse novo lançamento a Kawa artilhou a ZZR com embraiagem deslizante, permitindo assim reduções mais bruscas sem o famoso bloqueio da roda, e para o golpe de misericórdia, adicionou a essa besta o famoso KTRC(Controlo de tracção) que utiliza dois modos semelhantes a Ninja ZX10R, avalia vários parâmetros a cada 5 milissegundos, traduzindo, você pode abrir o acelerador desse animal mecânico, sem se preoculpar com a perda de tracção da roda traseira, já que a mesma estará sendo gerenciada pelo sistema KTRC que evitará a perda de aderência e consequentemente o máximo de optimização na entrega de potencia na roda traseira. É sem dúvida um espectáculo de tecnologia e uma verdadeira obra de arte.
Mais não acabamos aqui! O que não podia faltar era o sistema ABS para evitar aqueles famosos bloqueios da roda dianteira quando encontramos o piso molhado, e por azar necessitamos efectuar uma travagem brusca, e presenciamos a dianteira fugindo e nos levando a limpar o asfalto com o nosso corpo. O sistema de refrigeração para possibilitar que o moto funcione correctamente a rotações extremamente elevadas, foi criado um novo sistema cujo os injectores apontam directamente para à secção traseira dos cilindros, o que significa isso? significa que o óleo refrigerante consegue de forma eficiente penetrar no coração dessa besta, mantendo os pistões e bielas sempre lubrificados e consequentemente reduzindo a temperatura que o coração da ZZR tem que suportar em condução desportiva. Além de tudo isso não esqueçamos para aqueles que gostam de roçar o poisa pés e deslizadores no asfalto, efectuando aquelas curvas típicas das desportivas, essa maravilha está dotada de um quadro monochoque que torna-se indispensavel e eficiente as curvas para maquinas desse calibre, e não se esqueçam também que a Ducati no lançamento da sua famosa PANIGALE1199, adicionou também o sistema de quadro monochoque como o da ZZR, em outras palavras; a concorrência vai ter que se “mexer” bastante para tentar destronar essa maravilha tecnológica.
Vamos esperar um pouco e logo vamos poder deslumbrar essa maquina ao passar por nós nas estradas, ou seja, por vocês! Um abraço e até a próxima.
Anildo Motta